Miss MAGOO does not YAHOO
Boas novas e más vistas são o mote de mais uma newsletter em que a novidade de destaque é (respirem de alívio), a Juma e a Luna já foram adoptadas, o quarto da minha mãe está vazio e imaculado e, surpreendentemente, sobrou-me um dono que, espera ansiosamente por um gato, graças ao amigo Diogo (salvé!) – Antes sobrar donos que gatos(ou cães) – Por falar nisso, vão preparando as vossas caixas de correio e contactos pois, em breve, terei fotos de uma cadela golden retriever lindaça e maluca qb, para dar.
Entretanto, a razão de mais uma newsletter prende-se com um pedido estilo sos:
Preciso de voluntários com rodas para uma missão de treino, no terreno.
Para mais os distraídos, yours truly está a escassos meses (e muito dinheiro gasto) de conseguir a carta de condução, contudo, apesar das lições continuarem sem estragos, mortos ou feridos, existem pontos fracos que é preciso colmatar, nomeadamente: direcção, reduções com a caixa e essa coisa tão importante (e mesmo vital para a segurança rodoviária!) – olhar e dar prioridade nas rotundas, entroncamentos e cruzamentos (especialmente se os carros estiverem DENTRO da rotunda.)
Preciso de voluntários com carro, - corajosos, com bons reflexos e sangue frio pois, aparentemente, e apesar de ser adorada pelos instrutores (sim, são dois) – um chama-me de “miúda” e o outro “princesa” (desconfio que este último não deve ter muita sorte no engate a tratar o género feminino por “princesa” mas enfim...) – ficam nervosos com a minha condução, com a paranóia que vou contra as bermas, carros e separadores – o tal problema de direcção que, decerto, não será alheio ao facto de, recentemente, ter descoberto que passei de uma miopia de 0,25 para 0.75 do olho direito.
Diz o instrutor: “Deixe lá, o pior é o astigmatismo que dá a falsa noção de distância.
Respondo eu, género Surprise Show, com a dentuça à mostra: “Eu também tenho astigmatismo!”.
“Isso explica muita coisa...” – deve ter pensado o instrutor mas, calou-se e não disse mais nada, resignado com a sua sorte de estar em alerta máximo, com medo que galgue algum passeio ou atropele algum transeunte , o que, aliás, nunca aconteceu nas 23 aulas. O facto de ter galgado o passeio na marginal foi culpa dele que , piegas, ordenou: “Mais à direita! Mais à direita!” e, obviamente, mais à direita está o passeio – ok, no túnel das Amoreiras ia-me espetando contra a berma, ao meter a mudança mas, os túneis são demasiado claustrofóbicos para a minha pessoa.
NOTA MENTAL: comprar carro automático e evitar túneis!
Contudo, há que dar razão aos homens da instrução: Não é boa política entrar nas rotundas e cruzamentos estilo “coming through!” – deixem-me passar! Ignorando a regra de ouro denominada “dar prioridade”. Aparentemente, controlo pedais, volante, mudanças, espelho, não controlo é a parte de olhar e parar. Quer dizer, olhar, até olho, mas o meu subconsciente deve pensar que os outros condutores são todos cavalheiros e deixam-me passar.
“Felizmente, ainda não se lembraram de tirar os pedais aos instrutores”, pensam eles, respirando de alívio ao travar por mim, evitando passar à frente do coitado que vem da rotunda descansado da vida.
Há igualmente as situações caricatas das manobras de estacionamento. O instrutor ordena estacionar de marcha atrás, do lado esquerdo da via e pergunta: “o volante vira para que lado se queres estacionar de marcha atrás, pelo lado esquerdo?” Olho para o ele com uma cara muito séria, faço um balão com a pastilha elástica, faz-se um silêncio e atiro um misericordioso “Eu estou habituada a estacionar pela direita!”. O homem desata a rir e desabafa um: “Esta miúda...”
Ok, as manobras não estão mal de todo mas o homem quer que eu as faça devagarinho para não o assustar. Irra, gente mais assustada! “Achas que podes avançar num cruzamento sem olhar para ver se algum carro passa?” – diz o instrutor “princesa”. Respondo com um sorrisinho de ‘tenho tudo sobre controlo’: “É preciso ter fé!”
Ao contrário do outro instrutor que me trata por “Rute”, “tu”, ou “esta miúda” e ri-se dos meus infortúnios, este é carrancudo e apenas abana a cabeça em assombro, murmurando entredentes “ai dona Rute...dona Rute...”. Este chama-me “princesa (argh) ou, pior ainda “Maria Rute” (nem sequer se lembra do meu nome) ou “a aluna” quando está ao telefone com o outro instrutor.
No sábado lá consegui que o homem se risse quando, num entroncamento, ao virar à esquerda, avancei depois de dar prioridade a uma bicicleta. O homem, em pânico trava o carro e diz “Você não viu aquele carro?!?!!?” “Claro que sim!” respondi – Eu tinha tempo de passar, ele estava longe. Não seja piegas e tenha fé! O homem riu-se, mas acrescentou:
“Quando o carro estiver do seu lado eu deixo-a passar, quando estiver do meu, eu travo!”
É claro que, para levantar a moral e confiança, nada melhor que a nossa mãe que parece bastante chocada ao ouvir-me dizer: “Hoje fui a Sintra e andei pela marginal!”
Mãe: Tão longe?
Eu: Sim.
Mãe: Sozinha?
Eu: Sim, com o instrutor, no meu teste de auto estrada, a andar a 100 à hora.
Mãe: Tu, a conduzires sozinha?
Eu: Não, outra pessoa apoderou-se do meu corpo e conduziu por mim.
Mãe: O instrutor deixou-te ir sozinha até tão longe?...
Eu: Sim, claro! Já é a 2ª vez que o faço
Mãe: Levaste o carro até Sintra?!
Eu: Não, tomamos um avião até Sintra e uma vez lá eu andei com o carro lá pela vila . DUH!
Escusado será dizer que a minha mãe não faz parte da lista de voluntários.
Entretanto, julgo estar à beira de um esgotamento nervoso, por falta de horas de sono saudável, e o raio da miopia do lado direito que faz dores de cabeça do c*raças, tenho falhas de memória e sonhos estapafúrdios! Neste último:
Ia no carro com os meus pais para uma santa terrinha qualquer - atenção o factor weird logo aqui - (os meus pais nem sequer se falam, muito menos estão juntos num carro)
Por alguma razão tivemos de parar algures e eu perdi-me deles. Entretanto fui ter a uma casa de não sei quem e lá estava um género de espaço com o pessoal de bandas que iam actuar num festival lá da santa terrinha. Estava tudo muito preocupado com algo que não percebia o que era, mas nota-se o vibe de preocupação do pessoal. De repente aparece-me o gajo dos Queens of the Stone Age (o grandalhão) que começa a conversar, comigo preocupadíssimo com o que se está a passar. Depois junta-se outro gajo de outra banda que apenas me recordo começava por c, mas continuo a conversa com o gajo dos queen e lembro-me que o gajo parecia um gigante e eu via-o muito alto e a única coisa que me lembro de dizer foi "Jeez, you're fucking tall!"
Custa assim tanto sonhar que estou na banheira com o Brian Molko, custa?!
Outro sonho: este desesperante.
Estava numa vila algures na faixa costeira, dentro de um carro com o Marco e deduzo ser um amigo dele a conduzir. Recebo uma chamada do João Miguel Tavares no telemóvel que começa com a small talk do “como estás... então tudo bem... estás onde etc. Depois pergunta se eu já consegui arranjar emprego num jornal.
Esta conversa telefónica até pode parecer normal, mas eu enviei um repto ao pessoal colaborador da Premiere para estar atento a alguma vaga que possa haver nos respectivos locais de trabalho, em Março! e, não tenho confiança nenhuma com o Miguel, apesar de falar com ele nos visionamentos.
Entretanto o Miguel avisa que vai sair do jornal e talvez haja uma vaga para mim. Eu estou a achar a conversa muito estranha, porque o Miguel nunca me telefonou, nem eu lhe dei o meu número e naquele momento não me recordo qual o jornal para que ele trabalha. Um pouco embaraçada pergunto: “Desculpa lá, tu és de que jornal mesmo? Eu esqueci-me...” Ele respondeu “Sou do Público e consegui marcar-te uma entrevista aqui na redacção entre as 10 e as 13h. Tens de confirmar com o chefe de redacção. Não te esqueças!”
Acordo com aquela sensação desconfortante que tenho mesmo uma entrevista para confirmar no jornal “Público” e durante cinco minutos acreditei piamente nisso mas depois levo uma bofetada da realidade ao lembrar-me que o João Miguel Tavares, ‘na realidade’, trabalha para o DN e era tudo .... sonho...
(suspiro)
Custa assim tanto, sonhar com o raio do Brian Molko metido na banheira comigo!
Humft!
Até à próxima e os corajosos (e corajosas) com carro aproximem-se
Bjo
Rute
p.s - Já agora um obrigado ao Pedro António por se voluntariar para me ajudar a treinar "bicos". Que simpático da sua parte, não? Com amigos destes...
p.s 2 - E por falar em "bicos". Não é que o homem dos fotogramas de pénis e pénis..e pénis e mais pénis, voltou à loja para mais uma dose e, muito ofendido, porque na kodak do marquês do Pombal a funcionária recusou-se a fazer as cópias alegadamente dizendo: "Não estamos para isso" (será por causa do conteúdo das fotos? -duh really?!) Desta vez, foi o meu colega que fez as´250 cópias, após eu queixar-me a dizer "sinceramente hoje não me apetece revelar fotos de pénis!". No entanto, quando estava a contar as fotos, reparei que o estilo está mais 'composto ' e com mais gajas à mistura. Achei piada ao pormenor do risco no negativo pensado o homem que isso apagaria a identidade da dita gaja, mas...via-se perfeitamente o rosto e os fluidos corporais estado líquido a ir para o sólido de cor esbranquiçada, decerto seria algum sumo de fruta de limão que foi entornado para cima da cara, pescoço e colo da pobre rapariga.
Right...
NO SHIT?! really...
Pois é, meus amigos
Fez-se-me um Plim! na minha cabecita quando li este artigo que apareceu na Mulher Activa de setembro entitulado: "Que tipo de homem você atrai (não, eu não compro estas revistas, mas a minha colega de trabalho Mónica adora estas literaturas e eu penso para com os meus botões: "Fosga-se antes isso que a Cosmopolitian!"
Que eu atraio poetas de chinelo, weirdos e psychos, já eu sabia, o que eu desconhecia era o porquê de de tão fatal destino que me persegue para além fronteiras. E a razão é simples, meus amigos, aqui sois testemunhas - é o filho da puta do sorriso!!!!! Raista parta se não hei de ficar com a dentuça cerrada a sete chaves, não soltar um pio e ver os gajos lindos, de olhos verdes, com corpinho firmo e hirto e sorriso lindo, cairem nos meus bracinhos magritos, ou entrelaçados nas minhas coxas larguitas.
E nestas altura, há sempre um ombro amigo que nos ouve as lamúrias durante um jantar, entre a grafada de arroz chao chao e a trinca de chop s. de legumes:
"Começa é a aprender a fazer 'bicos!"
Right......
Bjo
Rute