SUMMER DEAD
Heeeeereeeeeeeee’s Ruth!...
Quando menos se espera, eis que surjo em todo o meu esplendor escriba, tal D. Sebastião de entre a bruma do mítico e do desconcertante. A Ruth’s Newsletter voltou e, tal como o título indica a sujeita também! Sim. O horror... o drama... as palavras reais... (inserir tom Albarran para o full effect).
Tenho em mente a imagem do cartaz do Evil Dead de Sam Raimi, esse filme de culto (para mais informações consultar o Marco, o sr. Enciclipédia do terror – perdoem-me não deixar o seu número de telemóvel e dados pessoais mas o dito é um senhor muito ocupado e requisitado, portanto, não convém...) em que um punho brota de dentro de uma campa num acto de sobrevivência animal. Digo-vos, para mim, sair do Verão tem esse mesmo efeito, particularmente quando o verão se revela árido em concertos, viagens e actividades lúdicas. Sim, eu sei... O Rock in Rio, os festivais de verão, a Madonna, o Euro 2004, Cristiano Ronaldo em tronco nu, porém... I didn’t get any piece of the action, nem sequer pude assistir à Festa do Cinema ao ar livre no Inatel (oh triste sina...).
Pela primeira vez na curta história da minha vida, o Verão passou rápido e Agosto foi o mês mais ocupado de todos os tempos. Pasme-se. O Europeu de futebol proporcionou emoções fortes (já mencionei o Cristiano Ronaldo em trono nú?!..), o Murtas stopped by, o Tim veio de visita ao belo do Portugal para another
Lisbon tour part IImas...
Novidades?!
Só mesmo no Continente (...really!)
Interrompi o subsídio de desemprego para fazer o reforço de Verão na ...(oh, o choque!) Kodak. A única diferença? Era dentro da Worten, ‘carinhosamente (not!) apelidada de:
“A Fortaleza” ou, simplesmente,
“Gestapo!” Pormenores não serão divulgados online, sob pena de ser perseguida pelos serviços de segurança...
Um peludo novo inquilino habita na minha maison. Não...não é um gajo (ou o Tony Ramos) mas, a anterior inquilina do tenebroso Sr. Vilão Mauzão.
Blackie é o seu nome, “coelha duracel” o seu nickname - imaginem o donkey do filme Shrek personificado numa cadela e terão um excelente apoio visual. Esqueçam o prémio Nobel S. Francisco de Assis, estamos a falar em canonização da futura santa padroeira dos animais abandonados – moi!
O mês de agosto foi passado a (acreditem ou não) colaborar para a Premiere. Não é tudo. Dinheiro estava envolvido, o que é algo (inédito, raro, inacreditável, impossível)...invulgar. Os meus serviços foram requisitados para ajudar no fecho da revista, fazer um artigo e umas quantas estreias. A ideia era colaborar por um longo período de tempo até ao momento em que duas singelas palavras foram o mote para o meu afastamento (de comum acordo):
“diferenças(da parte do proletariado)
irreconciliáveis(da parte do patronato)”. Para o Guiness Book fica o recorde da mais alta quantia paga por uma colaboração feita sob o nome Rute Gonçalves por um período de um mês. O desemprego continua a ser a palavra de ordem mas, oficialmente, estou a dois salários de distância dessa condição laboral.
Tal como disse: nada de novidades! Se, o que foi escrito até aqui causa espanto a algum dos subscritores da Ruth’s Newsletter, os mesmos não puseram olhos/ouvidos na minha pessoa desde a Primavera e isso é sintomático de:
a) Um namoro e/ou casamento e/ou gravidez
b) um verão inesquecível longe da vida mundana
c) uma vida própria
d) estarem a viver numa ilha deserta
Nada disso interessa, o outono regressou, e com ele os dias passados em casa à beira do computador e tv, desfrutando a rentreé cinematográfica bebericando chávenas de carioca de limão ou chocolate quente com roupas quentes que cobrem todo o corpo. YES!!!!!!!! My kind of season.
O enterro do Verão foi feito na praia, na controversa “ponte” do feriado de 5 de Outubro. Dois dias de puro deleite balnear com direito a um bonito bronzeado e esplêndidos banhos de água salgada. E porque nenhuma bikini line estava envolvida o tal deleite balnear foi passado no feminino (já se sabe que duas gajas sem a biqini line na praia, automaticamente transformam-se em clube exclusivo onde “menino, não entra!”
Para a memória estival fica o reencontro com o Miguel, amigo de infância - ou seja, o meu antigo vizinho. Na minha geração, qualquer miúdo que habitasse no mesmo prédio ou quarteirão que nós era automaticamente amigo de infância. Recordámos os bons velhos tempos, enquanto o Miguel e a Guida regavam os mesmos velhos tempos com imperiais várias. Eu fiquei-me pelo panache - o acto de compromisso é uma coisa linda! – Registe-se, a única vez em que estive (quase) bêbada envolveu champanhe no Cabo da Roca às 3 da manhã do último dia do ano. O Miguel despediu-se com a promessa de me embebedar um dia destes. Não descurando o facto dele ser um belo rapaz com olhos verdes
(juro-vos que o homem da minha vida terá olhos verdes – herança kármica, you’ll see!, ainda assim preferia ficar ébria com alguém que não fosse casado com uma mulher ciumenta.
Será pedir de mais?!...
Inerente ao outono está a descontrolável apetência de tricotar mas, desenganem-se ao assumir que essa é uma condição exclusiva de seres humanos com vidas patéticas. A Maggie está a levar o acto de tricotar a níveis olímpicos e, sinceramente, a situação começa a ser alarmante, porém a sua indumentária está sempre fashion com novos e belos modelos de malha. No intervalo do bailado Romeu e Julieta nós agarramos nas agulhas circulares como se não houvesse amanhã. A Maggie balbuciava “apenas faltam 15 carreiras”. Eu perguntava-me se o uso de collants justos dos bailarinos seria saudável... sinceramente, nunca vi nada tão...justo.
O outono chegou, o Mad About You passa na Sic Mulher, o Marco cedeu-me a trilogia Star Wars (6h de extras só num dvd!), o Greg lançou o seu primeiro livro
“Uma história de desamor treze vezes”(editora Ambar) PUB, o Luca telefona-me de Itália combinando uma visita a Lisboa, vi o “E.T (versão original na esplanada da Cinemateca), estreou o Before Sunset – a vida é bela...
Vejo-vos por aí...
Ou por aqui
Bjo
Rute
P.S - Após hibernação, preparem-se para a avalanche de Ruth’s Newsletters (depois não digam que não avisei...)