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Ruth's Newsletter
Wednesday, March 30, 2005
  "AND SO IT IS"...
Apaixonei-me por uma canção! Por mais absurda que esta afirmação soe, não deixa de ser curioso, o meu coração entrar em sintonia com uma canção que versa sobre o verbo apaixonar. “Blower’s Daughter” do irlandês Damien Rice é como um suspiro divinal no meu ouvido, nunca um violoncelo soou tão belo:

And so it is…
Just like you said it would be
Life goes easy on me
Most of the time
And so it is
The shorter story
No love, no glory
No hero in her sky

I can't take my eyes off of you…
I can’t take my mind off of you…

A descoberta de “Blower’s Daughter” fundamenta, na perfeição a minha filosofia de vida, que graciosamente se estende para a Música, tal como o Amor:

You don’t find music...
Music finds you…


Esta não é a primeira vez que oiço falar de Damien Rice, a Joana passou o álbum enquanto preparávamos a exposição em 2003, já o tinha visto no Conan O’Brien, mas foi quando ouvi “Blower’s Daughter” na sequência de abertura do filme “Closer” que uma seta acertou-me em cheio no nervo emocional. Aconteceu o mesmo com Aimee Mann, Jeff Buckley, Jewel, Placebo, White Stripes, Soul Asylum, Pearl Jam, U2, Radiohead e, certamente, muitos outros exemplos irão despertar o meu diferido interesse. Sorte a minha ter amigos a par com estas preciosidades musicais para pedir-lhes os álbuns emprestados. Recebi em minha casa, com muito gosto, “O” do senhor Damien e entrei em orgasmo emocional quando ouvi “All Dressed up” e “I Remember”. Uma vez que a Jewel sacumbiu para o lado Negro da Força musical, Damien preenche o lugar deixado vazio desde o lançamento de “Pieces of You”. Obrigada Joana!

And now, something completely different...
É quase um sacrilégio mencionar o nome de Ashlee Simpson, linhas depois de Damien Rice mas “La la la” está na minha lista de “Melhores canções de strip”. Há algo de extremamente sensual nos versos:

You make me wanna la la
On the kitchen, on the floor
I’ll be your french maid when I meet you at the door
I’m like an alley cat
Drink the milk up, I want more!
You make wanna…scream!
You make me wanna la la la la la

Isto lembra-me uma conversa com Maggie quando anunciei a compra de um cinto de ligas (aleluia – finalmente!). Em resposta ao comentário: “Para quê comprar um cinto de ligas quando ninguém o vê!...”

“Eu, quando tirar fotos!” AH!
Antes dde começarem a divagar com comentários, deixem-me parafrasear dois lugares comuns

“Se eu não gostar de mim, quem gostar?”
(frase publicitária da marca “Matinal”)

“You don’t make yourself sexy to sleep with men
Make yourself sexy for you.
Women enpower yourselves!

(Misstress Courtney Love)

Embrulhem!
Rute
 
Tuesday, March 29, 2005
  FADE TO BLACK....

Quatro salas de cinema contribuíram para moldar a minha cinefilia em diferentes alturas da minha vida. A sala Nina , a 100 metros da minha casa foi, indiscutivelmente, aquela que mais relevância teve por ser um capítulo importante da minha infância/adolescência. A recente notícia do seu encerramento deixa uma certa tristeza nostálgica. (Mais um cinema local que encerra as portas para dar lugar aos odiosos multiplexes na periferia das localidades). O que era uma referência física passa a existir apenas como uma recordação do meu imaginário. Verdade seja dita, a última vez que entrei naquela sala em Maio de 2002, foi uma espécie de aniversário/ritual comemorando os 20 anos da estreia do E.T – a coisa não correu lá muito bem e a constatação da dobragem do filme foi uma experiência de tal modo traumática que fugi dali direita à bilheteira para exigir o meu dinheiro de volta. O episódio prova que não se pode reviver as emoções do passado mas, o encerramento da sala não deixa de ser um triste acontecimento.

Não consigo precisar com factualidade o ano de abertura do cinema mas lembro-me de cada momento que ali passei. Ao longo de mais de duas décadas a sala de cinema, parte integrante do mini centro comercial com reputação duvidosa (o centro albergava um salão de jogos e uma discoteca), foi um ponto de referência, refúgio, escape, ponto de encontro e pausa para apreciar os deliciosos croissants com doce de ovos no intervalo de cada sessão.

Primeiro foram as manhãs infantis. Às 11h, lá estava para recordar os velhos (para mim, novos) clássicos da Disney - na altura dobrados em brasileiro. Recordo-me da atribulada sessão infantil da Branca de Neve e os Sete Anões, à pinha com pais a ameaçar invadir a sala se os seus filhos não tivessem lugar no interior. Eu fui uma, das muitas, sentadas nas escadas. No início assistia aos filmes com a minha mãe, algum tempo depois, implorava para ela me deixar ir sozinha – só mesmo os miúdos têm pachorra para ir ao cinema às 11h da manhã e, o cinema ficava a 100m.

Seguiram-se as matinés com os amigos, a transição entre desenhos animados e imagem real. Um filme em particular marcou essa mudança de atitude para com o cinema. Em 1982 estreava o E.T – O Extraterrestre de Steven Spielberg, tinha 4 anos e nem sequer sabia ler as legendas mas as imagens impressionaram-me de tal modo que o filme foi e continua a ser aquele que definitivamente revelou o meu Amor pelo Cinema. Recordo-me de passagens distintas e de chorar de tal modo que a minha garganta inchou e o nariz entupiu ao ponto de estalar os ouvidos. Ainda hoje vejo o E.T com uma toalha!...

A entrada na Universidade, permitiu um maior acesso e diversidade de filmes nas salas de Lisboa. o S. Jorge e as Amoreiras refinaram a minha cinefilia marcando as tardes sozinha, longe do stress universitário mas os serões passados na sala Nina permaneceram.

Um filme visionado numa sala de Cinema adquire uma dimensão mística que nenhum outro formato (tv/vídeo) consegue igualar. Ali sentada no escuro, após ouvir o gongo e assistir ao deslizar dramático das cortinas, o filme revela-se uma experiência alucinante apenas comparável à passagem através do espelho mágico da Alice no País das Maravilhas. Assim que a escuridão da sala dá lugar à imagem projectada numa tela entramos numa dimensão subliminar onde, por duas horas, o Mundo é nosso, somos quem quisermos, teletransportados para uma realidade mágica capaz de sobressair em nós emoções que julgamos não sermos capazes de sentir.


O encanto musical de “Pinóquio”, a emoção desenfreada de “Regresso ao Futuro”, as gargalhadas em “Quem Tramou Roger Rabbit”, A exortação mágica de “Willow na Terra da Magia” (10 vezes melhor que a completa trilogia de “O Senhor dos Anéis”. A exaltação do herói em “Indiana Jones e a Última Cruzada” (“Everybody is lost but me!...”), o encanto romântico de “Pretty Woman – Uma Mulher de Sonho” a náusea do sangue vermelho no preto e branco de “A Lista de Schindler”, a adrenalina em “Die Hard – “Assalto ao Arranha Céus” (“Yipppppppi kay hay motherfucker!”). A emoção de reviver a re edição de “a Guerra das Estrelas”, a beleza de “Danças com Lobos”, a ternura de “Ghost – Espírito do Amor”, o deleite visual em “Point Break – Ruptura Explosiva”, a sedução enebriante de “Drácula de Bram Stocker” (“I’ve crossed oceans of time to be with you”). A estranheza sedutora do Jim Morrison de Val Kilmer em “Doors – O Mito de uma Geração”, o delírio cómico de “Quatro Casamentos e um Funeral”, o encore de Speed – Perigo a Alta Velocidade”, “Robin dos Bosques – Príncipe dos Ladrões”, “Lendas de Paixão” (“Tristannnnnnnnnnn!!!!!!!!!... Samuellllllllllllllllllllll!!!!”).



O Cinema visionado em sala de cinema representa tudo isto e muito mais. A sala Nina não detém a exclusividade do monopólio das emoções mas, sem ela a percepção que tenho do Cinema não existiria.

Um brinde à Sala Nina por gloriosos 20 anos, para sempre na minha memória.
 
Sunday, March 27, 2005
  LIVING LA VIDA LOCA
...


Nuno: Então como estás?
Rute: Já estive melhor...Percorrendo bastidores, de concerto em concerto com a máquina fotográfica em riste, de festividade em festividade, roçando ombros com as celebridades...
Nuno: E agora?
Rute: Faço tricot... Living the exciting life!
Nuno: lol
Rute: E o tricot é a parte mais divertida... (.)

Dean: What are you doing tonite?
Rute: Writing presentation letters? Getting ready for job interviews?
Dean: Need one. A job that is…
Rute: Join the club!
Dean: There’s one?
Rute: yep, I think its called “unemployment”!
 
Thursday, March 24, 2005
  "GOTTA GET ON
...Get on out!"
Existe algo na chuva que acciona as nossas células da memória. Eis um episódio retirado no cofre nostálgico que prova que podem furtar uma banda da “band aid”, nunca a “band aid” de uma banda.

Estávamos no ano de 1993, tinha 17 anos. Assistia-se a um novo movimento musical que os media apelidavam de “grunge”. Na escola só se falava de uns tais “Pearl Jam”, “Nirvana” “Soundgarden”e “Soul Asylum”. Sussurrava-se muito sobre um videoclip de miúdos desaparecidos, cantores que se entregavam ao público em stage dive e vestiam camisas de flanela.

Na minha habitual ignorância apenas balbuciava: “Hã?!” Eclodia uma revolução musical e eu estava a leste. O dia da revelação, para mim, aconteceu no momento quando a Guida me emprestou a cassete VHS com o unplugged dos Pearl Jam e Soul Asylum. Fui apresentada a um mundo de total exposição emocional através da música: nada de artifícios visuais espectaculares, êxitos pop instantâneos, letras frívolas – apenas um despojar de sentimentos onde cada canção contava uma história.

O Mundo centrava a sua atenção em Seattle, porém, e durante muito tempo os Soul Asylum foram só meus e da Maggie. A partir do momento que ouvi os versos de “Homesick” fiquei apaixonada.

“I wanna live with you, in the 5th dimension
in a dream I never had.
We are not of this world and there’s a place for us
Tucked inside this fleeding moment
Tucked away where no one knows it
Homeless me I am so home sick
But it ain’t that bad
Cause I’m homesick for the home I never had”


Os meus ouvidos, estavam deslumbrados com as melodias
Os meus olhos, hipnotizados pela figura do Dave Pirner e aqueles lascivos movimentos de anca (o que é dizer muito pois, louros de olhos azuis nunca foram my thing)
A minha alma rendida à escrita agridoce de melodias doces e belas, electrizantes e pungentes.

A banda no palco era o equivalente a uma descarga de energia punk rock, um segredo muito bem guardado na cidade gelada de Minneapolis, desde 1981 o ano de formação da banda quando ainda eram imberbes adolescentes. A imprensa e os seus rótulos idiotas, confinaram a banda dentro do movimento grunge e quando este terminou (enquanto rótulo) caíram no esquecimento comercial.

I was just starting to know them...



O meu quarto estava forrado com posters de Soul Asylum, cadernos da escola, idem idem, aspas, aspas. Os amigos com acesso à MTV eram fustigados com pedidos de gravação de videoclips e actuações ao vivo. Os aniversários da Maggie eram a desculpa perfeita para chular os amigos de modo a adquirir mais um cd da discografia da banda. Entre nós conseguimos reunir a discografia completa desde “Made to be Broken” (84), passando por “Hang Time” (88), “The Horse They Rode it On” (90). Curiosamente o multiplatinado “Grave Dancers Union”(92)não constava (nem consta) das nossas prateleiras, apesar de ter sido a porta de entrada para o “Asilo das Almas”.

Pedimos ao Sérgio (o nosso companheiro nas cantorias de natal de sala em sala) para nos ajudar com a música. De modo a multiplicarmos as hipóteses preparamos quatro versões (incluindo acapella). Para terem uma noção da nossa inabalável vontade de vencer, chegámos a gravar uma versão country de Runaway Train utilizando a música de “Brand New Shine” do álbum “The Horse they rode it on”.



Até ao presente dia, trememos de vergonha ao imaginar que algures no arquivo da Rádio Renascença, está uma cassete de duas pessoas fazendo completa figura de totós. Mesmo que não gostassem da nossa interpretação, perceberiam que a nossa convicção era merecedora do prémio.

A espera pareceu eterna mas o dia do anúncio do vencedor chegou na mesma altura do teste de Filosofia. A Maggie veio ter comigo balbuciando saber a identidade do vencedor. As palavras que saíram da sua boca foram: Paulo Soeiro. O meu cérebro parou. Fiquei estática à espera que a Maggie rebentasse numa explosão de gargalhadas confessando: “Estava a brincar!...”

Infelizmente, não estava... também muito infelizmente tive negativa no teste.

O Blitz fez uma reportagem do concerto, classificando-o como “electrizante”, o Top + passou três temas ao vivo, um deles “Chains” do Ep “Clam Dip and Other Delights” (Obrigada Valentim de Carvalho pelas promoções).

“Everyday I get up, calm down, give up
Hang around before you hold me tender
Set me free
I need to feel you, put your hands around me
Day in, day out, it’s the same old story
You’re out there on your own
Is it worth the price you pay?
Got’ you in its chains
Will he let you breathe someday”


Amaldiçoamos o Paulo Soeiro com todas as nossas forças.

Em Janeiro de 95, eu e a Maggie assistimos à gravação do “Chuva de Estrelas”. Acabadas de nos instalar na última fila, ouvimos o locutor anunciar: “Paulo Soeiro!”. Olhamos uma para a outra incrédulas, sem trocar qualquer palavra, inquirimos uma membro da claque que confirmou aquilo que suspeitávamos.

“Sim, o Paulo foi a Barcelona ver uma banda através de um concurso da RFM.”

(FILHO DA MÃE!!) Odiámo-lo com todos os ossinhos do nosso corpo mas engolimos o orgulho, fazendo uma espera na porta do serviço. Não para o desancarmos à porrada, apesar da ideia cruzar a nossa mente. Queríamos saber pormenores.

“Epá, o gajo é um ganda maluco. Muito alto! Falámos depois do concerto...”

Rangemos os dentes num sorriso cerrado para evitar que o socássemos até ao desmaio. O vilão que nos roubou a oportunidade de assistir a um concerto dos Soul Asylum e conhecer a banda, assombrar-nos- ia durante anos. No ano seguinte ficaria apurado para a final do Chuva, depois disso, a imagem da sua banda perseguia-nos para todo o lado. Nesse dia por breves segundos incarnei na Scarlett O’ Hara exclamando ao céu “As God is my witness I will see Soul Asylum in their hometown!”.

Em Março de 2001, sete anos após o concerto que perdi em Barcelona, estava em Minneapolis (EUA) para assistir a dois concertos dos Soul Asylum onde pude conhecer e confraternizar com a banda. A minha promessa estava cumprida.

Embrulha Paulo Soeiro!

Sim, o Dave Pirner é muito alto, continua a provocar-me com os seus lascivos movimentos de anca e impressionar-me com o seu songwritting.

“Even when I’m feeling down
Look in the mirror and see a clown
When I look away, I’m always happy
I know you’re a misfit too
That’s my favourite part of you
Even at the fair you can get lucky”


Sim, pegou-me no braço, fixou-me com aqueles belíssimos e enebriantes olhos azuis agradecendo a minha presença. “Hope to see you next time”.
Também eu...
 
Wednesday, March 09, 2005
  Sweet dreams ARE NOT! made of this...
Longas horas ao computador dão azo a sonhos estranhos. Saliento o factor “estranho” pelo facto de terem "hotties" como protagonistas e nada de remotamente sexual acontecer.

Há duas semanas sonhei com o Val Kilmer num encontro casual algures num festival de cinema.

O que aconteceu.
A meio de uma projecção conversamos amenamente sobre a arte de interpretação e saí-me com esta: “ Have you seen Xavier Bardem in Mar Adentro? What an amazing interpretation – its all eyes, facial expression and he delivers every emotion.”

O que deveria ter acontecido.
O Val Kilmer aproveita o escuro da sala e o facto dos espectadores estarem atentos à projecção de “Instinto Fatal” para me atirar contra a parede em lascivo impulso e "copycateia" a actuação de Michael Douglas e Sharon Stone na cena do clube.
SEXO RÁPIDO CASUAL – 4 pontos.

Ontem sonhei com o Matt Damon de visita à casa de campo do meu tio.

O que aconteceu.
Estava de férias com a Maggie e uma amiga, quando surge o Matt Damon, pelo que percebi, costumava passar lá os fds pois tinha o seu próprio quarto. Ele é bastante reservado com as minhas amigas mas quando está sozinho comigo, a conversa entre nós flui. Estamos na sala a ver tv e ele não fala mas assim que a Maggie sai para levar as chávenas para a cozinha, eu e o Matt conversamos e rimos animadamente. A Maggie parece frustada com a situação e avisa-me para não me envolver com ele pois é comprometido. Ignoro o aviso. É de noite, estou no quarto dele, a luz do quarto tem um tom vermelho. THE END.

O que deveria ter acontecido.
BEIJO LASCIVO. Marmelanço. Preliminares. Sexo – 5 pontos.

F*da-se, uma gaja já nem tem direito a sonhos satisfatórios. Porquê, meu deus!?

E por falar em sexo... Poderá estar próximo o fim da minha eterna crise existencial/laboral - estou à beira de uma epifania (não se preocupem, não é contagioso... também não tem nada a ver com a profissão mais antiga do mundo). Vou dedicar-me à literatura cor de rosa. Aqueles romances de cordel (que até rima com bordel!) que fazem a alegria de muitas rapariginhas púberes e donas de casa/ mulheres sexualmente frustadas. Eu serei a responsável por longas horas de rejubilo de uma consistente fatia demográfica feminina e vou cobrar! Danielle Steel move over!

Há muito tempo atrás...numa galáxia muito, muito distante....(er, não exactamente, foi em 1994, numa aula muito chata de História no 12ºano) duas concisas e sóbrias pré adultas, iniciaram o seu próprio clube de leitura - escrever fantasias sexuais e troca-las entre si. Acreditem, era bem mais interessante que o materialismo histórico de Marx, porém estas ditas fantasias, denominadas “fiXeiros Secretos”, na sua clara vertente cinematográfica desdobravam-se em: Preliminares (fade to black, cut to) fumar cigarro.

Cada história era um mini guião para uma curta metragem apenas visionada por duas pessoas. Eu e a Maggie bem desejávamos que o protagonista das nossas histórias se materializasse in the flesh mas o casting revelar-se-ia demasiado dispendioso... A Maggie ainda tentou dar a volta ao nosso irradiante colega Ferreira mas, perspicácia era algo que não constava das suas células cerebrais.

Ora bem, nós compilamos tudo num dossier (organizadinhas nós, não?) e a recente leitura das minhas neuro curtas resultou na tal epifania. Isto é cordel suficiente para vocês?

Ok... a presença daquela cáustica voz off, poderá desconcentrar a tal fatia demográfica que anseia por mais “acção” e menos conversa. Isso leva-me à segunda epifania. Vou dedicar-me à especialização de guiões. O cinema português é tão pobrezinho em romance que cabe a mim revolucionar o panorama cinematográfico .

Certo, umas aulas de guionismo talvez não fossem má ideia. E que tal, assim?

(Maggie)
suspira pensando

(Todo este rum em perfeitas condições, desperdiçado...)

Vê-o sozinho a bebericar champanhe. Aproxima-se por detrás.
Rouba-lhe o copo levando-o a virar-se para si.

(Maggie)
sorri

_Hi, how are you?!
(Brendan)
surpreendido

_ I’m sorry, do I know you?
(Maggie)
Bebe um gole e atira um olhar “I’m in the mood for some sexual healing”

_ I’m Maggie. (estende o braço para o cumprimentar)
_ The woman who’s about to forfill your wildest and most erotic dreams!
(Brendan)
sorri da sua audácia
(Maggie)
Pensando

(pois, ri-te – ri-te, daqui a nada nem sabe o que te atingiu!)
(Brendan)
Aproxima-se do seu rosto, em tom de confidência...

_ Are you flirting with me?...
(Maggie)
Aproxima-se ainda mais

_Are you married?
(Brendan)
_No.
(Maggie)
_Engaged?
(Brendan)
_No?
(Maggie)
_Seeing someone?
(Brendan)
Abana a cabeça negativamente.
(Maggie)
_Then I am flirting with you! (Devolve o copo)
_How am I doing?
(Brendan)
Circunda o rebordo do copo com o indicador, leva-o aos seus lábios
para provar o sabor da boca dela. Lança olhar felino.

_I don’t know...I’ll tell you over dinner...
(Maggie)
Pensando
(YES! Sucesso! Isto do rum - em dose certa - tem os seus frutos...)

Combinam encontrar-se no átrio do hotel dentro de 30 minutos.

(Brendan)
_Oh, by he way…I’m Brendan Frasier.
(Maggie)
Sorri e acena enquanto se afasta

_ I know!

(Corta para átrio do hotel), int

(Maggie)
Voz da consciência
(Oh Diabo, onde raio o gajo se meteu? Mais um efeito secundário do rum. Argh)
(Brendan)
Surge por detrás, sibilando ao ouvido com voz grave

_Hungry?!
(Maggie)
pensando

“You have no idea how!”
(Brendan)
_ You know...This hotel has a great room service. Olhos brilham ao dizer “eat”.
_We could eat up in my room.
(Maggie)
pensando

(Pois, Eu sei qual é a tua ideia de jantar. Sexo casual em quarto de hotel. Where’s the fun in that?! Estou a planear algo mais…arrojado. Ehhhhh heeheh eeheh)

Concorda

(Brendan)
sorri

Entraram no elevador. Estão ambos encostados à parede de frente um para o outro olhando-se provocadoramente. Ouve-se “You sexy thing” dos Hot Chocolate pelas colunas. Ele tomba na direcção dela encostando as palmas das mãos na parede, bloqueado qualquer tentativa de escape da tua parte. Os seus rostos a escassos centímetros um do outro.

(Brendan)
_Do you always come on to men you never met, like that?…
(Maggie)
_No… (desaperta-lhe o laço do smoking)
_ Only when they are drop dead gorgeous tall curvaceously hot, green wild eyed men with incredible smile...

Ela Desaperta os botões da camisa acariciando o seu peito deslizando pelo seu tronco até chegar à cintura das calças. Os seus corpos aproximam-se, a sua respiração acelera sendo o único som que se ouve. Os seus narizes tocam-se, os seus lábios roçam. Beijam-se

Ouve-se telemóvel
TI NI NIIIIIIIIIII TI NIIIIIIIIIII NIIIIIIIIIIIII

(Maggie)
Respiração descontrolada. Voz da consciência
(Bolas! Não odeias quando a bodega dos telemóveis tocam nas piores e mais despropositadas alturas?!)
(Brendan)
Sorri embaraçado. Atende a chamada. Pede desculpa mas tem de ir até ao átrio. Promete não demorar e pede para esperar por ele no quarto. Entrega-lhe as chaves, ajeita a camisa. Despede-se acariciando o seu queixo com o polegar
_ I’ll see you soon...
(Maggie)
Pensando.
(You bet on it! Quando chegares vais ter a surpresa da tua vida!)
voz do ego consciente
“Sexo?!”
voz do id consciente
Sim claro mas, outra coisa...
voz do ego consciente
« Champanhe?!” »
voz do id consciente
(Também, mas une autre chose plus “hesitant”.)
voz do ego consciente
“Os números do totoloto ?! A fonte da juventude?!”
voz do id consciente
ÉS CAPAZ DE TE CALAR E DEIXAR-ME CONTINUAR COM ISTO?!

As epifanias deveriam ter manual de instruções, não acham?

Argh
Rute
 
You never thought a life as dull would be so entertaining... Believe me. It is! A minha vida dava um filme, daqueles trágico cómicos. A sério, uma vida tão desinteressante nunca foi tão divertida...

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