IN SLASH WE TRUST
O que poderia ter sido um dia bastante infeliz, acabou por ser uma belíssima noite de felicidade. Tudo responsabilidade do São João. Ah, pois é! No dia que recebo a notícia que os passes e o dia de Pearl Jam no Optimus Alive estão completamente esgotados, estava prestes a cortar os pulsos pela ESTUPIDEZ de ainda não ter comprado o bilhete, quando fui salva pelo São João. Não o santo, mas muito próximo da canonização, o meu querido João Viana salvou-me a pele.
Ao ser presenteada com 2 convites para o concerto de Slash (recebidos com um decibélico berro que quase afugentou uma cliente que estava na loja), estava longe de imaginar a bela noite de amena cavaqueira e nostalgia. Claro que eu e a Guida estávamos presentes, completamente surpreendidas pela calorosa recepção que Slash e Companhia receberam no Coliseu dos Recreios. Fiquei igualmente surpreendida pelo presente áudio deixado pelo João (que João esse João!). O meu mais recente companheiro de concertos é um antigo colega do Secundário que adquiriu a peculiar extensão do nome por ser assim que o distinguíamos dos outros Joões.
Sobre o presente áudio, infelizmente não o posso reproduzir, mas diz respeito ao desafio que lancei no Facebook quando o João, o sr. Prodígio da guitarra, afirmou conseguir recriar o instrumental do filme "The Godfather", magistralmente tocado pela Gibson Les Paul de Slash. Fazendo jus ao epíteto que lhe coloquei, o João não só aceitou como demonstrou, captando o momento (que eu achei divino) pelo gravador do telemóvel para o meu hearing pleasure
Antes disso encontramo-nos com a Patrícia, resplandecendo de felicidade por horas antes ter entrevistado o Slash para o Destak. Todos debruçados na enigmática dedicatória deixada no livro biográfico que ela lhe entregou para autografar. Que outra senão eu, para decifrar o significado das duas letras R.
Rock fuckin Roll
E foi esse mesmo o mote para a grande noite no Coliseu, entre a reminiscência dos temas dos Guns n' Roses com "Night Train", "Rocket Queen"(oh felicidade), Sweet Child of Mine e Paradise City, e de outros projectos de Slash. O sr da cartola preta continua em boa forma musical e física - ainda tem um umbigo sexy, ostentando um piercing. O público português estava ao rubro, recebeu-o de braços abertos, com muito crowd surfing, mosh circles e cantorias em uníssono. Ainda houve tempo para cantar os Parabéns ao filho de Slash que assistia ao concerto no canto do palco junto à mãe e o irmão - uma belíssima família.
No meu cantinho lateral pude testemunhar a energia do público sem ser molestada e podendo fotografar à vontade, mesmo junto à coluna que pela altura do solo da minha predilecção (Godfather, pois claro), proporcionou extasiante vibração pelo corpo. Saímos do concerto com um zumbido nos ouvidos, mas felizes
De regresso a casa, a Guida e eu recordámos os anos áureos dos Guns, o concerto que ela assistiu na única vez que a banda nos visitou em 1992 e o mítico concerto no Ritz em Nova Iorque.
You never thought a life as dull would be so entertaining...
Believe me. It is!
A minha vida dava um filme, daqueles trágico cómicos. A sério, uma vida tão desinteressante nunca foi tão divertida...